Adilson Conti pensa em vender estádio e quitar dívidas do clube
Estrela respira aliviado. Sem arrematante, clube escapa de leilão. Desta forma, a diretoria alvinegra, espera vender a área do estádio Mário Monteiro e construir um novo, em outro loca da cidade, que é projeto do presidente Adílson Conti.
“Quando assumi o Estrela, no dia 01 de agosto de 2011, fiz três promessas: fazer o time campeão, pagar as dívidas e construir um estádio novo. Até agora cumpri uma promessa e as outras duas, se Deus quiser ,até o centenário em 2016, cumpro”, comentou.
Adilson disse que está cansado e que agora pensar em vender o estádio e quitar as dívidas do clube. “Fizemos tudo que estava em nosso alcance. O Dr. Jefferson Pereira, advogado do clube, entrou com uma petição solicitando a suspensão do leilão, já que temos em mãos uma proposta de compra do estádio, entretanto, o juiz não deferiu. Não sei por que tanta insistência em fazer leilão da área do Estrela. Já temos o aluguel do Hospital Infantil bloqueados, temos 30% da nossa renda dos jogos bloqueadas. Hoje, temos quase R$ 200 mil reais depositados na Justiça Trabalhista e não pagam ninguém. Sinceramente estou a ponto de explodir com essa situação, é cansativo demais”, contou.
Entre dívidas trabalhistas, Receita, Caixa Econômica, INSS e Justiça Comum, o Estrela do Norte acumula um déficit de R$ 2 milhões. Segundo Adilson, com dinheiro em mãos, esse valor pode ser reduzido, já que existe a possibilidade de acordos.
Proposta de venda será discutida
O presidente explicou que ainda nesta semana irá se reunir com o advogado, contador, presidente do Conselho Fiscal e presidente do Conselho Deliberativo para discutir a proposta de venda do estádio. “A princípio posso garantir que a proposta é boa e temos certeza que é o melhor para o Estrela”, frisou.
De acordo com ele, com o dinheiro da venda do estádio, todas as dívidas seriam pagas e em um prazo de 90 dias seria possível obter as certidões negativas. “Depois vamos procurar uma área de 100 mil metros quadrados para adquirir e construir o novo estádio. Lógico que tudo passa por projetos e deverá ser levado a Prefeitura e aos órgãos competentes para saber se poderá construir o estádio. Somente após isso fecharíamos negócio. O Estrela só entregaria o imóvel depois que o novo estádio tiver pronto. Não vamos ficar sem casa pra jogar, esse é o acordo”, garantiu.
O Conselho já autorizou a venda do estádio. “Vamos analisar e tomar a decisão final. Ainda tem conselheiros contra a venda, respeitamos isso, mas não dá mais para aguentar esse terrorismo de leilão sempre. Acho que temos que dar uma basta nisso antes que percamos nosso patrimônio por muito menos que ele vale. Não vejo alternativa para o Estrela sobreviver. Não dá pra administrar um clube com oficial de justiça todos os dias em sua porta e você tendo suas rendas bloqueadas”, justificou.
O Hospital Infantil tem contrato de aluguel com o Estrela até o dia 25 de julho de 2015 e não será renovado. “Já comunicamos que não temos interesse na renovação e eles deverão desocupar o imóvel, isso independente da venda ou não do estádio. Quanto ao próximo ano, tenho alguns colaboradores importantes que estão ajudando muito. O Geraldo Altoé, que já está montando o time, já temos 10 contratados, o Bruno Mazzoco, que vem procurando levantar recursos, o Marcelo Chocolate, que vem cuidando do campo, e eu com os advogados só descascando os abacaxis”, finalizou.